outubro 30, 2007

Centro de Tecnologia em Cadeira de Rodas HC FMUSP

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Inaugurado em Março de 2006, o Centro de Tecnologia em Cadeira de Rodas é uma iniciativa da Secretaria do Estado da Saúde e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, e promove assistência gratuita (pública) aos usuários de cadeiras de rodas que necessitam de adaptações em suas cadeiras para um melhor posicionamento e, conseqüentemente, melhoria em sua qualidade de vida.
O atendimento é realizado na Estação Especial da Lapa pela equipe multidisciplinar da Divisão de Medicina de Reabilitação do HC-FMUSP.
Para receber atendimento, o interessado deve entrar em contato pelo telefone (11) 5549.0111
Fica a dica!

outubro 29, 2007

Epilepsia - Conhecer é desmistificar

As células do cérebro trabalham juntas e se comunicam por meio de sinais elétricos. Às vezes, há uma descarga elétrica anormal em um grupo de células nervosas e elas enviam sinais incorretos a outras células ou ao restante do corpo, iniciando uma crise convulsiva. Essas descargas desordenadas podem ter variadas causas, desde uma doença até uma lesão cerebral. Quando um indivíduo apresenta crises convulsivas recorrentes, ele apresenta epilepsia.

Os tipos de crises dependem da área do cérebro onde começaram as descargas anormais. Na maioria das crises, não há dano algum ao cérebro. Porém, se as crises durarem por muito tempo, isso pode acontecer. Quando a pessoa tem uma crise que se prolonga por mais de 30 minutos, diz-se que ela entrou em estado de mal convulsivo. Neste caso, ela deverá ser levada a um pronto socorro.

As crises convulsivas podem ser focais (ou parciais) e generalizadas. Nas focais, a atividade neural anormal se inicia em uma área restrita do cérebro. Nas crises generalizadas, há anormalidade na atividade neural em todo o cérebro. Uma crise convulsiva pode se manifestar de muitas formas e, às vezes, até passar despercebida. Distorções na percepção auditiva ou visual, confusão, desconforto estomacal, sensação de medo, movimentos involuntários de uma parte do corpo, espasmos musculares, salivação excessiva e perda de consciência, estão entre alguns dos sintomas que podem caracterizar uma crise.

Há também um outro tipo denominado crise de ausência que se constitue por lapsos de consciência que, em geral, duram de 5 a 15 segundos. A pessoa fica com o olhar perdido e pode também virar os olhos. Essas crises costumam ocorrer na infância, desaparecendo na adolescência.

O diagnóstico inicial da epilepsia pode ser feito por um médico neurologista baseado em informações descritas pelo paciente e/ou seus familiares, e através de exame de eletroencefalograma (EEG) poderá ser confirmado. O tratamento é feito com medicamentos anticonvulsivantes que podem controlar total ou parcialmente as crises, dependendo do caso. Há também uma dieta rica em lipídios e calorias, a dieta cetogênica, utilizada em especial nas crianças, mas deve ser muito bem acompanhada pelo médico e estritamente seguida. Paralelamente ao tratamento médico, uma vida saudável tem efeitos benéficos sobre a epilepsia. Isso inclui uma dieta balanceada, exercícios, descanso, redução de stress e depressão e a não utilização de álcool e drogas.

A epilepsia não é contagiosa. A união dos familiares é muito importante para que possam aprender sobre a epilepsia e como lidar com ela contribuindo, assim, para a multiplicação deste conhecimento.

No site da Liga Brasileira de Epilepsia tem muita informação útil sobre o tema. Inclusive, lá você pode encontrar uma lista de Centros de Tratamento de Epilepsia que atendem pelo SUS no Brasil.

outubro 25, 2007

Heróis da Vida

Vídeo inspirador para nos dar forças e fazer amar ainda mais a vida. Emocionante...



A tragetória contada por Dick, o pai


Dick e Rick Hoyt são pai e filho, do estado americano de Massachussets. Rick nasceu em 1962, e durante o parto o cordão umbilical enrolou-se em seu pescoço, cortando o oxigênio. Os médicos aconselharam a internar Rick numa instituição. A família não aceitou a idéia.

Tentando criar seu filho da forma mais normal possível, alfabetizaram Rick em casa. No ano de 1972, a família investiu 5 mil dólares para criar um computador interativo, onde Rick podia escrever na tela com pequenos movimentos de sua cabeça. Foi assim que Dick descobriu que Rick amava esportes e competições.

Em 1975, Rick foi finalmente admitido numa escola pública. Dois anos mais tarde, disse a seu pai que gostaria de participar de uma corrida de 5 milhas. Dick se ofereceu para empurrá-lo na cadeira de rodas durante o percurso.

O que se viu depois desse evento é uma das historias de superação mais comoventes que pode existir. Nascia aí a Equipe Hoyt. Começaram a competir pelo país afora e não pararam mais. Depois competiram no exterior também. Corridas de rua, maratonas, e chegaram ao triathlon, onde Dick nada puxando Rick num bote, pedala numa bicicleta adaptada para levar o filho junto, e corre empurrando sua cadeira. São uma equipe, um não existe sem o outro. Já estão chegando a mil eventos. Dick está com 65 anos, e sente-se na melhor forma de sua vida.

outubro 23, 2007

Passeios ao ar livre x ambientes fechados

Passear é algo que o Lucas adora, ainda mais se o passeio for ao ar livre! Viagem, praia, sítio, parque, ou até mesmo ir à uma praça ou uma simples volta pelo bairro estão na lista dos programas que fazem a alegria deste menino.

Quando o Lucas era pequeno, era tudo compacto, leve e fácil de transportar (inclusive ele!). Porém, com o passar do tempo as dificuldades foram aumentando. Não é todo lugar que está adaptado pra receber um cadeirante, e não há braço que suporte 13 quilinhos por muito tempo. Mas nada que a boa vontade não supere! Uma ajudinha pra levantar a cadeira aqui, outra empinadinha ali, sai da cadeira pra uma manobra mais radical, volta pra cadeira de novo depois,... e assim chega-se ao destino. O importante é chegar e aproveitar!

Os passeios ao ar livre são, sem dúvida, bem prazerosos. Mas existem outras atividades que são bem legais de fazer e que exigem um pouco mais do Lucas. Ambiente fechados, com muita gente e sons diversos são um desafio pra ele. Geralmente nestas ocasiões ele dorme. Há alguns dias atrás levamos ele no aniversário de um amiguinho da escola. A festa foi num buffet infantil, e não deu outra, ele dormiu quase que o tempo todo. A explicação da neurologista sobre isso é que estas situações expõem o Lucas à muitas informações que ele não dá conta de "processar". A fuga dele para esse stress é dormir, o que não deixa de ser positivo já que é uma demonstração de que algo não está agradando. Mesmo sabendo disso, não deixamos de levá-lo à nenhum lugar, consideramos importante que ele vivencie todo tipo de experiência e aprenda a lidar com as situações mais difíceis. Desafios são importantes pra todos, inclusive pra ele!

A rotina de uma pessoa especial não pode se resumir em terapias e consultas médicas, ainda mais a de uma criança. Portadores de necessidades especiais são, antes de tudo, indivíduos com desejos e direitos. Proporcionar diferentes vivências a eles é nosso dever. Curtir junto é uma conseqüência.



outubro 22, 2007

Palestra "Voluntariado e Transformação Social"


Amigos(as),

A ong TRANSFORMAR, realizará no próximo dia 27 de outubro (sábado), às 10 horas, no Prédio da FIESP, Av. Paulista, 1313, a palestra "Voluntariado e Transformação Social", que será proferida pelo Centro de Voluntariado de São Paulo - CVSP.

Na oportunidade, também serão divulgadas as vagas disponíveis para voluntariar junto a instituição.

Os interessados participem e também divulguem!

AS INSCRIÇÕES ESTÃO ENCERRADAS. NÃO HÁ MAIS VAGAS DISPONÍVEIS.

“Sem limites para Transformar”

outubro 19, 2007

Deficiências, Mário Quintana

"Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.

Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.

Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.

Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.

Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.

Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam
de sua ajuda.

Diabético é quem não consegue ser doce.

Anão é quem não sabe deixar o amor crescer.

Miseráveis são todos que não conseguem enxergar a grandeza de Deus."

Mário Quintana


outubro 18, 2007

"2 special" - Lucas e sua amiga pit bull

Uma sessão caseira de cinoterapia. O início de uma grande amizade capaz de superar o preconceito.

*cinoterapia - recurso terapêutico onde profissionais de várias áreas utilizam animais (especialmente cães) treinados, auxiliando a trabalharem o desenvolvimento do paciente com relação a fala, equilíbrio, expressão dos sentimentos, motivação,...

Não se anda só com as pernas

Lucas ganhou sua primeira cadeira de rodas (foto ao lado) quando tinha 2 anos. Ela foi comprada e adaptada na Cavenaghi, uma loja especializada em desenvolvimento de equipamentos para locomoção de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, isso inclui também adaptação de veículos, tanto para deficientes condutores quanto para não-condutores. Esta cadeira (guerreira!) foi utilizada durante 4 anos, e durante este período passou por algumas adaptações para se ajustar ao crescimento do Lucas.
Em janeiro deste ano, a troca da cadeira fez-se necessária. Desta vez, a cadeira foi comprada na Cavenaghi, porém a adaptação foi feita pelo fisioterapeuta Carlos Vasconcellos, da Clínica Nutre. Entre provas na clínica, idas da cadeira à oficina, períodos de experimentação, foram 7 meses para ficar totalmente pronta. Todo esse cuidado foi pensando no bem-estar e num bom posicionamento do Lucas. O resultado foi uma verdadeira McLaren! [rs!]

A seguir, acompanhando a numeração da foto acima, a lista de adaptações que foram feitas:
1- Apoio de tronco (2 pontos), para correção da postura evitando deformidades da coluna, tipo escoliose;
2- Apoio de cabeça;
3- Cinto peitoral tipo "borboleta";
4- Cinto abdutor de quadril, para manter as pernas afastadas e o quadril bem posicionado;
5- Cinto pélvico, para proporcionar estabilidade;
6- Assento anatômico;
7- Apoio de braços;
8- Apoio de pés.
A cadeira também possui uma mesa (ou bandeja) que se encaixa nos apoios de braços, onde o Lucas faz suas atividades na escola e utiliza na hora de se alimentar.

A 1ª cadeira do Lucas foi doada para uma criança que também precisa de locomoção especial.

* Importante deixar registrado que a adaptação da nova cadeira só foi possível com a ajuda do pessoal da produtora Mixer, que colaborou participando de uma rifa organizada para este fim. Valeu a força, galera!