agosto 18, 2009

Dentista - Espaço para os novos dentes

Esta semana passamos o Lucas em avaliação com uma dentista especializada em crianças especiais, indicação de um outro médico. Ela faz um trabalho bem bacana para preparar a arcada dentária para receber os dentes permanentes. A boca do Lucas é muito pequena, ele tem o palato alto e o maxilar estreito, e os dentes que estão nascendo são enormes. Muito além de estética, minha preocupação é que esses dentes comecem a encavalar e dificulte a higienização, causando cáries e outros problemas.

O Lucas dormiu durante toda a consulta. A dentista avaliou a boca dele e fez algumas considerações. Confirmou todas as minhas queixas e acrescentou que ele possui mordida aberta, ressecamento da gengiva e dos dentes da frente por permanecer com a boquinha sempre entreaberta. Ela obsevou que não há espaço sufuciente para os dentes que estão vindo e sugeriu uma estimulação com massagens para ajudar e, futuramente, utilização de um aparelho. Mas isso depende de como o Lucas evoluir e aceitar o tratamento.

A proposta é que ele passasse uma vez por semana no consultório para que ela possa conhecê-lo melhor e avaliar o melhor tratamento para ele. Inicialmente a doutora fará uma limpeza, aplicação de flúor e orientação de massagem. Ela solicitou que na próxima consulta eu leve uma escova elétrica com cabeça bem pequena, orientou que eu escove os dentes do Lucas com uma pasta sem flúor e prescreveu uma solução de flúor para aplicar uma vez por semana. Atualmente eu intercalo as escovações com pasta com e sem flúor, isso porque o Lucas acaba engolindo um pouco da pasta.

Compramos uma escova de dente elétrica infantil da Colgate. Ela tem um preço até que razoável comparada às escovas elétricas do mercado. Não gostei muito porque é descartável e tem as cerdas muito grandes, é bem difícil introduzir na boca do Lucas para escovar a parte interna dos dentes. Assim que der, pretendo trocar por uma escova elétrica que possua as cerdas menores e refil.

Colgate

Oral B - Braun

Escovas Cindy e Dent Rex - Mallory


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agosto 15, 2009

Escoliose - VEPTR (parte 2)

Dia 30/06 retornamos em consulta com o ortopedista na AACD levando as radiografias de coluna do Lucas e uma lista de dúvidas sobre a VEPTR. Conversamos bastante com o médico e ele foi muito atencioso esclarecendo todas as dúvidas, sem omitir nada. Foi bem sincero quanto aos pontos positivos e negativos do procedimento, dizendo inclusive que é uma cirurgia que possui um alto índice de complicações (60%), mas que são complicações simples (para os médicos) de serem resolvidas. Ele também comentou de alguns casos de pacientes dele que deram super certo e outros que acabaram tendo que tirar a prótese porque tiveram infecção e não responderam ao tratamento com antibióticos. Um dos casos, um garotinho, teve todas as complicações possíveis e estava com infecção. Os médicos estavam querendo retirar a prótese e a mãe brigava porque não queria, de tão positivo que havia sido o resultado no filho.

Andei procurando outras crianças que fizeram a VEPTR para conversar com os pais e saber a opinião deles sobre o procedimento, afinal não me bastavam essas histórias contadas no consultório pelo médico... Foi difícil encontrar pois é um procedimento pouco realizado ainda. Graças a internet, mais especificamente ao orkut, encontrei duas mães que toparam me contar a experiência delas. As duas estavam estar super satisfeitas com o resultado! Uma delas, uma menina com mielomeningocele (ou espinha bífida), teve uma redução impressionante do grau da escoliose. Ela já havia feito o primeiro ajuste do crescimento, 5 meses após a colocação das próteses, e foi um procedimento super rápido que no dia seguinte já estava em casa. A outra, também uma menina, teve paralisia cerebral, foi uma das primeiras crianças a passar por esta cirurgia no Brasil, em 2007. Com ela aconteceu a fratura de costela recentemente, mas mesmo assim a mãe diz que foi a melhor coisa ela ter feito a VEPTR, a escoliose estava em 54º, pressionava o pulmão e o estômago, o que não permitia que a menina ganhasse peso e fazia com que ela tivesse pneumonia de repetição.

A escoliose do Lucas está com 50º. Cheguei a pensar na possibilidade de segurar mais um tempo com o uso do colete, para que assim fosse feita a fixação da coluna definitiva, que só é realizada na criança mais velha pois interrompe o crescimento da coluna. Mas pensando nas complicações que podem trazer pra ele, decidi fazer a VEPTR agora. Mesmo porque, o ortopedista disse que se o Lucas for realizar a artrodese mais pra frente, quanto menor for o ângulo da escoliose, mais fácil será de corrigir, podendo até zerar o grau da curva. E a VEPTR faz justamente isso, previne a evolução da escoliose.

Abaixo as radiografias da coluna do Lucas. A primeira, tirada com ele deitado, mostra a curva de 50º. A segunda é o raio-x com tração, segundo o médico é bem próximo disto que ficará a coluna do Lucas após a VEPTR.


A cirurgia já tem data marcada, será no final de agosto. Na verdade já era pra ter acontecido, mas o material não chegou a tempo e então foi adiada. Ganhamos mais alguns dias de apreensão. Mas temos fé que tudo dará certo e que foi a escolha certa para proporcionar uma melhor qualidade de vida pro Lucas.


Guia sobre a VEPTR para pacientes (pdf): ESPANHOL / INGLÊS
Para fazer o download basta clicar com o botão direito sobre o idioma de preferência e selecionar a opção "SALVAR COMO". Se tiver alguma dificuldade, me escreva que envio por e-mail.



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