março 21, 2013

6ª distração do Veptr

No final do ano passado, havíamos programado para realizar a artrodese no Lucas para correção da escoliose, e mais uma vez decidi adiar. Definitivamente, essa é uma cirurgia difícil de eu aceitar. Para passar por ela, precisarei gastar muitas sessões de terapia... Sinto que tudo precisa estar redondinho, a família toda precisa estar com a cabeça tranquila, e será preciso organizar um esquema com a rotina da casa e da minha outra filha, já que serão necessários uns 15 dias de internação. Meu marido num emprego novo, Clarinha iniciando sua vida escolar, casa sem faxineira, tensões acumuladas por questões financeiras e adaptações à novas realidades... Esse não é o momento. Combinamos com o médico pro final do ano. Mesmo torcendo o nariz, ele disse que não faria mal adiar, mas que quanto mais tempo se passa, mais rígida se torna a coluna e fica mais difícil corrigir a deformidade.

Diferente das outras vezes em que dormi com o Lucas no hospital, dessa vez internei ele às 5 da manhã no Hospital Abreu Sodré (AACD). Foram feitos todos os procedimentos com ele para realizar a cirurgia que estava marcada para às 8hs, mas atrasou. O anestesista passou no quarto para fazer as perguntas de praxe e me orientou a dar os anticonvulsivantes do Lucas e assim ele não daria o "calmante", que normalmente dão antes de subir ao centro cirúrgico. Não achei uma boa ideia, conheço o Lucas e sei que ele chapa com a anestesia sem tomar calmante algum. Mas como já tinha passado bem do horário de costume, decide dar. Por volta das 10h30, o ortopedista liga do centro cirúrgico dizendo que não havia sala para operar o Lucas e que iria adiar pro dia seguinte cedinho. Dez minutos depois uma sala foi liberada!

Muito tempo depois da cirurgia, o anestesista me chamou no centro cirúrgico para conversar. Pronto! Meu coração deu um nó, minha cabeça foi e voltou pelos piores pensamentos. Subi e esperei por 20 (looooongos) minutos até que aparecesse o anestesista pra me dizer que o Lucas não estava acordando. Como não era o anestesista que tinha conversado comigo antes, tive que explicar sobre as medicações que dei e falar sobre como o Lucas reage normalmente à anestesia. Tudo ok. Lucas foi pro quarto. Passava da meia-noite quando o Lucas terminou de tomar a dieta e receber as medicações (antibiótico e analgesia) e fomos liberados pra ir pra casa.