outubro 26, 2008

Refluxo Gastroesofágico


O refluxo gastroesofágico é o retorno dos alimentos do estômago para o esôfago. A forma mais frequente de manifestação do refluxo é a regurgitação, como acontece nos primeiros meses de vida do bebê, que se carateriza pela saída de leite pela boca. Isto acontece porque ocorrem episódios mais longos de relaxamento do músculo que fica entre o esôfago e o estômago, o esfíncter. A regurgitação desaparece à medida que o bebê cresce, aproximadamente por volta do sexto mês de vida até os dois anos. Porém, se a frequência, a quantidade e a duração do refluxo são bastante altas, é considerado anormal. Nesse caso, o refluxo pode ser responsável pelo aparecimento de sintomas que caracterizam o refluxo gastroesofágico.

Sintomas

O refluxo pode causar inflamação na parede que reveste o esôfago (esofagite), devido ao contato com o ácido produzido no estômago. Esse quadro pode se manifestar por dificuldade para se alimentar, irritabilidade, choro excessivo e sono agitado.

A doença do refluxo pode acarretar também otites de repetição, rouquidão que acontece devido à inflamação da laringe, e chiados no peito. Uma consequência grave que pode ocorrer em função do refluxo é a pneumonia aspirativa, que é a entrada do alimento regurgitado no pulmão, que acomete principalmente crianças com disfunções neurológicas.

Nas crianças mais velhas e nos adolescentes, assim como nos adultos, o refluxo costuma se apresentar como dor ou queimação na região do peito ou acima do umbigo, podendo ocorrer ou não regurgitações e vômitos. A esofagite também pode estar presente nestas idades.

Diagnóstico

Uma consulta médica com um pediatra ou um gastroenterologista permitirá avaliar o refluxo com base nas manifestações clínicas da criança. Também podem ser solicitados exames para auxiliar no diagnóstico.

Radiografia contrastada do esôfago, estômago e duodeno: este exame não é feito para confirmar a presença do refluxo, mas sim para afastar outras doenças que são responsáveis por alterações anatômicas dos órgãos examinados, e que causam vômitos e regurgitações.

Cintilografia: permite evidenciar aspiração do refluxo para o pulmão.

Ph-metria esofágica prolongada: uma sonda naso-gástrica com um sensor na ponta é colocada na parte final do esôfago. Este sensor mede a presença de acidez durante um período de 24 horas. Todos os dados são registrados num gravador digital ("holter") e depois avaliados no computador pelo médico.

Endoscopia digestiva alta: indicado para avaliar se há presença de esofagite. Durante este exame, se necessário, podem ser obtidos pequenos fragmentos do esôfago (biópsia) para serem examinados em microscópio.

Tratamento

O tratamento do refluxo gatroesofágico compreende a adequação postural elevando-se a cabeceira da cama a 30º, dando preferência a posição de lado esquerdo; o tratamento dietético de fracionamento das refeições; o tratamento com medicamentos; e, se for o caso, o tratamento cirúrgico.

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